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O INDOLENTE -

Monólogo do Indolente

A preguiça lambe primeiro o solado do meu calçado
Depois os pés que não resistem à força da sua saliva.
E se prostra no solo do descanso.
A palavra em movimento encontra jardim
O poeta caminha sem um só passo.
Na vereda, no bosque divino
Edificado com terra e areia humana..
A peregrinação sai como um comboio de palavras do sofá
Os olhos acompanham
O corpo fica
A multidão de homens de todas as cores
Fazem parte de apenas uma folha.
O poeta quer falar certo em língua de bêbado
Que o vento da poesia nunca deixe de assoprar em seu rosto
A palavra como um camaleão não tem cor fixa.
Esconde-se em todos os lugares
E às vezes nem está lá quando a imaginamos.
A palavra é ser sem fronteira.
Corpo simultaneamente presente e ausente
Em grande movimento.
Jean Narciso

Comentários

  1. OBRIGADA PEDRO POR ME CONCEDER ESTE DOCE PREVILÉGIO DE SER O PRIMEIRO COMENTARIO DESTE POEMA TÃO LINDO TÃO PROFUNDO E VERDADEIRO,
    AMEI CONHECER SEU BLOG ATRAVEZ DO BLOG DA MINHA QUERIDA LUCONI,QUE MORA NO MEU CORAÇÃO SE SENTIR VONTADE VENHA FAZER-ME UMA VISITA AS PORTAS ESTARÃO SEMPRE ABERTAS COM MUITO CARINHO BJS MARLEN

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  2. Querido amigo, desculpe-me a demora, problema sério de doença em familia tem me afastado da net, mas olha não esqueço jamais os amigos, e que poema maravilhoso você fez, amei de verdade e olha tenho a honra de comentar logo abaixo da Marlene, que é uma pessoa iluminada, uma amiga para se ter no coração e na alma, ela é especial e seus blogs também, beijos Luconi

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