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Mostrando postagens de outubro, 2011

O INDOLENTE -

Monólogo do Indolente A preguiça lambe primeiro o solado do meu calçado Depois os pés que não resistem à força da sua saliva. E se prostra no solo do descanso. A palavra em movimento encontra jardim O poeta caminha sem um só passo. Na vereda, no bosque divino Edificado com terra e areia humana.. A peregrinação sai como um comboio de palavras do sofá Os olhos acompanham O corpo fica A multidão de homens de todas as cores Fazem parte de apenas uma folha. O poeta quer falar certo em língua de bêbado Que o vento da poesia nunca deixe de assoprar em seu rosto A palavra como um camaleão não tem cor fixa. Esconde-se em todos os lugares E às vezes nem está lá quando a imaginamos. A palavra é ser sem fronteira. Corpo simultaneamente presente e ausente Em grande movimento. Jean Narciso